Ficar sem resposta à oferta não foi a única surpresa de Fernandão na negociação. O ex-atacante conta que Adalberto Baptista, em cerca de quatro horas de reunião na quinta-feira, não apresentou nenhum número que satisfaria o São Paulo no caso. E só aceitou levar uma oferta ao presidente do clube do Morumbi, Juvenal Juvêncio, ao ser pressionado.
“Mesmo que pedissem R$ 10 milhões, R$ 20 milhões, R$ 30 milhões, R$ 40 milhões, número é número. Mas só nós tínhamos números. Isso complicou e me surpreendeu”, relatou o diretor do Inter. “O Adalberto deixou bem claro que quem decide é o Juvenal. Passamos duas ofertas e ele disse que nem as levaria ao Juvenal. Então falei na terceira: ‘leve esta oferta ou voltamos à briga judicial, chegamos ao nosso limite’”, continuou.
“O que me surpreendeu é que eu esperava pelo menos uma resposta de ‘não posso ir a Porto Alegre’, ‘vem para São Paulo na segunda-feira’ ou ‘vamos continuar brigando na Justiça. Mas tenho 100% de confiança nos advogados do Inter e do Oscar. Não tenho dúvida nenhuma e garanto que o Oscar vai continuar conosco”, sentenciou Fernandão, em defesa do meia.
“Agora vai voltar às mãos dos advogados. Privar o trabalhador de trabalhar é complicado, a Justiça brasileira não pode tirar a liberdade de o trabalhador trabalhar onde bem entender. Aí o atleta e trabalhador Oscar vai conseguir uma liminar para trabalhar, o São Paulo vai conseguir outra, depois nós conseguiremos outra... E o desejo do Oscar é permanecer no Inter, onde é ídolo, tem carinho e se sente em casa”, afirmou, tentando, ainda, demonstrar esperança em algum contato de Adalberto Baptista.
“As cartas estão na mesa, chegamos ao nosso máximo em valores depois de muito tempo de negociação em uma reunião de super alto nível. É difícil diante deste silêncio, mas ainda acredito no bom senso do Adalberto, que é extremamente capacitado e está ciente do que está acontecendo, não quer prejudicar o atleta. Sou esperançoso, ainda tento olhar para o lado positivo”, comentou.