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Com assistências, Jadson paga dívida ao ex-gandula Rhodolfo
No Atlético-PR, camisa 10 'roubou' toda a pizza do juvenil, que fazia bico de gandula
Bruno Quaresma
Publicada em 15/04/2012 às 07:16
São Paulo (SP)
Uma parceria de sucesso não é construída da noite para o dia. E engana-se quem pensa que Jadson e Rhodolfo, principais armas das bolas paradas do São Paulo para o duelo deste domingo contra o Linense, às 16h, fora de casa (com transmissão em tempo real pelo LANCENET!), conseguiram entrosamento em apenas três meses juntos. Eles se conhecem há muito tempo e têm histórias para contar.
Em 2004, Rhodolfo era do time juvenil do Atlético-PR. Nas partidas da equipe profissional, que contava com Jadson, o zagueiro ganhava R$ 25 para ser gandula. A convivência em campo se resumiu às bolas entregues do defensor para o hoje camisa 10 do Tricolor. Fora, se encontravam nas dependências do clube. Certo dia, Jadson, três anos mais velho (28 a 25, atualmente) aprontou para cima do novato Rhodolfo.
– Nós ganhávamos pouco no juvenil. Um dia ele chegou à noite, tínhamos pedido uma pizza, todo mundo pegando cincão (R$ 5) daqui e dezão dali para pagar. Aí ele (Jadson) e o Fernandinho, do Shakhtar (UCR), chegaram e acabaram com nossa pizza. Até hoje não pagou. Estou cobrando com juros e vamos ver se rende uma churrascaria pelo menos – divertiu-se Rhodolfo ao lembrar da história.
Os dois ex-jogadores do Furacão têm sido decisivos nos lances de bolas paradas. A produtividade é tanta, que Jadson até perde a conta.
– Ele pensou que eram três. Eu disse que não, já foram quatro gols meu com cruzamento dele – ressalta o antenado camisa 4.
Dentre as várias armas do São Paulo, a equipe conta com a dupla para manter a ponta do Paulistão Chevrolet. Um triunfo garante o Tricolor como primeiro colocado e trará vantagens na próxima fase. Neste domingo, sairá também o rival das quartas: Bragantino ou Ponte Preta.
O bom desempenho dos dois faz com que Jadson e Rhodolfo se destaquem individualmente. O meia tem sete assistências e é o melhor do elenco nesse quesito. Já o zagueiro tem cinco gols no ano, mais do que os quatro que fez em toda a temporada 2011.
O Tricolor costuma comemorar títulos em churrascarias. Se mantiver o ritmo, pode ser uma boa chance para Jadson pagar a dívida.
Confira um Bate-Bola com Rhodolfo, em entrevista exclusiva ao LANCENET!:
Você conversa com o Jadson sobre o seu posicionamento?
Eu falo para o Jadson onde eu gosto de ficar. Ele procura bater sempre na direção do gol, e está dando certo. Antes do lance, eu falo com ele e até quando o cara está me marcando dá certo, nós estamos nos mexendo bem e ajuda.
Por que você era gandula durante os jogos do Atlético-PR?
Eu vim do interior do Paraná, então queria ficar perto dos jogadores. Perto do Washington, Dagoberto, Alan Bahia e outros. Só de estar vendo os caras jogar já era especial. Eu era gandula nem por causa do dinheiro, mais para saber como era ficar dentro de campo na Arena da Baixada.
No Atlético, era você quem dava as bolas para o Jadson, agora é ele quem te dá as assistências?
Então, é até engraçado porque quando eu era mais jovem, via ele jogar e agora posso jogar com ele, que para mim é um dos melhores meias que tem no Brasil hoje. Pela qualidade que mostra, já foi para a Seleção Brasileira e foi bem. Ele está nos ajudando muito.